Você está visitando o Instituto Cultural da Dinamarca no Brasil.  Explore outros lugares no mundo onde também trabalhamos. Created with Sketch.
24 · 02 · 2023

LAB Ponte Nórdica Diversidade Importa – Mentoria para Pitching 2022

Em novembro, entre os dias 12 e 15, tivemos a primeira fase do LAB com o Festival MixBrasil, já nos dias 17, 18, 19 e 21, realizamos a segunda fase do LAB, com o Instituto Goethe – São Paulo que foi palco do Laboratório Ponte Nórdica de Mentoria para Pitchings Audiovisuais ≠ Diversidade Importa, um laboratório imersivo de quatro dias no qual mentores nórdicos e brasileiros capacitaram profissionais brasileiros a terem melhores condições de enfrentar pitches audiovisuais. Finalizamos a terceira fase entre os dias 22 e 26, em parceria com o BrLab.

 

Contando com curadoria e organização de Tatiana Groff, mais do que apenas preparar os profissionais para os importantes pitches audiovisuais, o Laboratório, como uma atividade formativa do Festival Ponte Nórdica, tem como objetivo impulsionar a produção, promoção e distribuição de longas e curtas, documentários e ficcionais, séries, web séries, assim como obras audiovisuais em VR e Games, com ênfase em profissionais mulheres no geral, pessoas indígenas e pessoas negras, assim como pessoas LGBTQIAPN+.

 

E uma das convidadas internacionais foi a sueca Camilla Larsson, que é gestora do Göteborg Film Fund 2021 e programadora no Festival de Cinema de Gotemburgo e do Draken Film. Além de ter participado do Laboratório, ela também participou no BRLab da pesa “Cabeça de Nêgo – experiências inovadoras de distribuição e design de audiências” – o filme brasileiro “Cabeça de Nêgo” foi contemplado pelo Göteborg Film Fund, na categoria Distribuição Inovadora, além de ter recebido diversos prêmios, entre eles o de melhor filme de 2021 pela Abraccine (Associação Brasileira de Crítica de Cinema).

Outra sueca participante foi Anna Serner, que é advogada e que durante 10 anos atuou como CEO no Swedish Film Institute, onde se destacou, principalmente, pela iniciativa 50/50, no qual os filmes suecos trabalharam sistematicamente com a igualdade de gênero, aumentando, dessa forma, a qualidade de todos os filmes produzidos no país – a iniciativa 50/50 foi alcançada em 2014 na Suécia e em 2016 foi estendida como um movimento global no Festival de Cannes.

 

Da Dinamarca, quem também foi mentora foi Felicia Elisabeth Jackson, que chefia o festival audiovisual e de mídia da indústria nórdica, o THIS – NORDIC, com foco em cinema e tv, séries, games, animações e tecnologias imersivas, que dirige o festival de séries AARHUS SERIES, e é diretora de Comunicação na Filmby Aarhus. Além disso, chefiou o Copenhagen TV Festival, no CPH Transform e atuou como consultora sênior na DR – The Danish Broadcasting Corporation.

 

Outro participante internacional foi o finlandês Eero Tiainen, que é criador e diretor de experiências em VR e líder artístico de uma experiência pioneira de metaverso, o “Love Simulation EVE”, que é um projeto inovador que utiliza captura volumétrica, fotogrametria e captura de movimento na produção de conteúdo – em parceria com o tradicional festival MixBrasil, Eero ministrou na Biblioteca Mário de Andrade, como parte do MixLab Spcine, a masterclass “Realidade Virtual Como uma máquina de Intimidade – Processo de Criação de “Love Simulation EVE”.

Levando em conta a inclusão e o público local, profissionais brasileiros também fizeram parte desses quatro dias de imersão: Erica de Freitas, que é sócia e diretora da Encantamento Filmes e consultora em produção executiva do Projeto Visionários; Kelly Castilho, que é diretora de cinema, fundadora da Confeitaria Filmes e que faz parte da liderança de Mulheres do Audiovisual; Flavia Guerra, que é jornalista, documentarista e roteirista; Deborah Osborn, que é sócia e produtora criativa dos projetos de entretenimento da Bigbonsai; e Adhemar Oliveira, que é diretor de programação do Espaço Itaú de Cinema e que se dedica à exibição de filmes há mais de 30 anos.

 

O Laboratório é voltado para profissionais locais interessados em desenvolver novas ferramentas e estratégias para o financiamento e produção de seus projetos, que tratam de mulheres, LGBTQIA+, pessoas negras e indígenas, na frente e atrás das câmeras. E os projetos selecionados em 2022 foram:

 

 

  • “Trajetos e Afetos”, de Vitória Guilhermina Alves Moreira & Coletiva Curvas Produções;
  • “Transmutação”, de Aline Domingos de Oliveira & Natan Ribeiro & coletivo Às Margens do Território;
  • “Jana & Lana”, de Niara Nascimento Ferreira;
  • “Balneário Flórida”, de Erika Fromm;
  • “As Fulanas”, de Júlia Saraiva & coletivA Fulanas;
  • “Amor à Duas”, de Juliana Firmina, Caroline Correia e Harun/Pedro Neves Teixeira;
  • “Com você, eu vou”, de Arthur Jesus & coletivo Quilombarte;
  • “Rastro”, de Vini Campos, Vilma Carla Martins e Rodrigo Santos Sousa.

Sobre os projetos selecionados e esses quatro dias de imersão e de trocas, a curadora e organizadora Tatiana Groff comentou: “O LAB # Diversidade Importa é uma ferramenta fundamental que podemos propor uma mentoria imersiva para que profissionais audiovisuais tenham maior contato com o mercado audiovisual com técnicas para o aprimoramento de suas iniciativas audiovisuais, de modo a terem um valor agregado à suas propostas e que possam efetivamente concretizar a realização de produtos audiovisuais tanto para o Brasil quanto para uma abrangência mundial.”

 

O Laboratório Ponte Nórdica de Mentoria para Pitchings Audiovisuais ≠ Diversidade Importa se iniciou em 2019 e reflete o compromisso do Instituto Cultural da Dinamarca com o Festival Ponte Nórdica e do Laboratório com a diversidade e equidade de raça e gênero, diversidade e inclusão, bem como a transparência e sustentabilidade, propondo estimular realizadores emergentes e já estabelecidos para o mercado. Houve uma edição completamente online em parceria com a Spcine. A edição de 2022 foi organizada pelo Instituto Cultural da Dinamarca e pela Ponte Nórdica e contou com apoio do Fundo Nórdico e a Spcine.