Diversidade importa
Com um eixo temático voltado à Diversidade – englobando questões de gênero, cultura e etnia a segunda edição do Festival Ponte Nórdica exibe na CAIXA Cultural do Rio de Janeiro 15 longas e dois curtas de realizadores da Dinamarca, Suécia, Noruega, Islândia e Finlândia incluindo filmes inéditos no Brasil e, a grande maioria premiados nos principais festivais nórdicos e em importantes festivais da Europa
continental.
experiências e o intercâmbio de ideias, que culminam em relações culturais
fortalecidas e duradouras” destaca Maibrit Thomsen diretora do ICD no Brasil.
Filme: A Horrible Woman
Entre os realizadores destaque para o iraniano Milad Alami com três filmes na grade. Vivendo a muitos anos entre a Suécia e Dinamarca seus personagens possuem ímpeto libertário, que realçam ambições sociais e o exercício livre da sexualidade. Os curtas Mini e Mommy sairam-se vencedores do Festival de Curtas de Odense na Dinamarca. E o seu longa de estreia The Charmer trata da questão pungente de imigração e refúgio, o personagem vindo do Irã para Dinamarca dá voz a uma nova geração de pessoas nascidas nos países nórdicos, que claro, se entendem como de lá, e que ao mesmo tempo carregam consigo suas outras
identidades de origem.
Logo atrás e com dois títulos no festival vem o dinamarquês Christian Tafdrup, que é um conhecido ator em seu país e que vem se dedicando à direção. Seus longas Horrible Woman e Parents abordam a diversidade sexual, o amor e o poder nos relacionamentos amorosos. Uma de suas protagonistas, a atriz Amanda Collin venceu o Prêmio Robert 2018 – considerado o Oscar dinamarquês.
Outro diretor que chamou atenção da curadora Tatiana Groff é Annika Berg – uma dinamarquesa que lança no Ponte Nórdica o seu primeiro longa Team Hurricane. O filme mescla técnicas de documentário e videoclipe com uso intenso de cores que ajudam a construir a história. O filme materializa o universo turvo de meninas adolescentes e seus desejos singulares onde tudo é misturado e não se sabe o que é real ou ficção.
“ Um ponto de partida para a curadoria, destaca Tatiana, foi quando assisti, Venus Let` s Talk About Sex , um filme que fala do desejo, da sexualidade de tantas mulheres que participam diretamente ou não da engrenagem do filme, que está em exibição em diferentes países e que reforça a visão desse universo nórdico”.
Numa linha de cinema juvenil , a Suécia é representada com Garotas Perdidas – que aborda o assunto da transexualidade num universo fantástico. É a história de como criamos o gênero e como saber quem você é quando a sociedade está lhe dizendo quem você deveria ser, mas também uma história sobre amor. Temas como amizade, aceitação e mudanças são colocados à prova.
Outra obra que ajuda a refletir sobre o comportamento da sociedade em países nórdicos é Kitchen Sink Revolution, que destaca a onda feminista na Islândia nos anos 80 e que ilustra as transformações profundas conquistadas a partir da luta por igualdade e equidade de gênero.
Em Tom of Finland o público carioca terá a chance de assistir um filme em que a narrativa se desenvolve a partir do icônico Tom, desenhista finlandês, que se tornou mundialmente conhecido por seus desenhos que simbolizam o homem sexy, viril e que nos anos 90 passou a simbolizar a luta mundial da epidemia da AIDS.
Com Sami Blood, os cinéfilos conhecerão o povo Sami, proveniente da etnia local da região da Lapônia, que fica ao norte da Finlândia, quanto da Suécia e Noruega. O filme traz luz ao debate atual sobre os povos indígenas e suas lutas por identidade e terá quatro datas de exibição.Em 2016, em sua estreia como diretora a sueca Amanda Kernell levou o Prêmio Fedeora de melhor diretora estreante do Festival de Veneza.
Na seleção de inéditos, o finlandês HobbyHorse Revolution – um documentário que teve grande repercussão, pois apresenta as singularidades que envolvem as passagens da infância para adolescência e desta para a vida adulta. Assuntos como bullying, infantilização, liberdade e maturidade são abordados no filme.
E com Ex-Wife o festival apresenta o longa-metragem de estreia da jovem diretora sueca Katja Wik, que narra a vida de mulheres em diferentes fases e que de alguma forma as histórias se cruzam.
Instituto Cultural da Dinamarca
O Instituto Cultural da Dinamarca foi fundado em 1940 como uma instituição independente, atualmente possui filiais em seis países diferentes e com parcerias no mundo todo. Em 2018, ao completar dez anos de atividades no Brasil o Instituto segue promovendo o diálogo e a compreensão sobre diferenças culturais e fronteiras nacionais. Com escritório no Rio de Janeiro, o trabalho permeia uma plataforma amplamente conceitual, na qual arte, cultura e sociedade são contempladas. Essas áreas unem pessoas de diferentes culturas, promovem a compreensão internacional e facilitam a comunicação intercultural. O Instituto Cultural da Dinamarca alimenta redes para fortalecer a colaboração entre artistas internacionais e dinamarqueses assim como instituições culturais.
Curadora
Tatiana Groff é produtora cultural e curadora ccom foco em planejamento e desenvolvimento de projetos internacionais e parcerias no Brasil no segmento audiovisual, em especial festivais e mostras de cinema. Atualmente é consultora para audiovisual do Instituto Cultural da Dinamarca e em sua primeira edição em 2016 em São Paulo a linha curatorial do Ponte Nórdica foi focada em equidade e igualdade de gênero, já na edição de 2018 que será realizada no Rio de Janeiro e
Curitiba, o recorte curatorial foi ampliado para o conceito diversidade.
SERVIÇO
Evento: Festival Ponte Nórdica
Local : CAIXA Cultural Rio de Janeiro
Data: 1 a 13 de maio
Horários: Em breve
Entrada: R$4 e R$2
Classificação: 14 anos
Nos debates,o público deverá retirar seu convite com antecedência ao horário marcado.
Assessoria de imprensa CAIXA Cultural Rio de Janeiro Mateus Vasconcelos – mateus.vasconcelos@grupoinforme.com.br
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